sábado, 12 de abril de 2008

A trajetória é revolucionar*

A trajetória do negro brasileiro sempre foi de luta
Quando escravo, lutava nos engenhos, quilombos e ruas com muita labuta
Hoje, livre, mas ainda excluído pelo sistema
Também age em movimentos para não seguir sofrendo penas

Porém há um empecilho à sua ascensão social
O racismo interfere muito no panorama social
Neste país, um negro pobre sofre mais que um branco pobre
A maioria dos pobres, no Brasil, é de cor negra: os brancos detêm mais cobre

Além disso, há a violência psicológica
O preconceito é sempre reproduzido, e isto tem uma lógica
Alguns indivíduos negros, por se sentirem inferiores aos brancos
Causam revolta inconseqüente ou mostram passividade frente aos brancos

Não podemos entrar numa luta de cores, e sim numa luta de classes
Todos juntos, brancos e negros proletários, devemos resolver este impasse
Se os negros, em sua maioria, são pobres em nossa sociedade,
O racismo também serve para manter o capitalismo com tranqüilidade

E, para reforçar todo este quadro, negros “pelegos” entram no Estado burguês
Para que o negro trabalhador com eles se identifique e vire “freguês”
Felizmente os movimentos negros estão na luta contra o racismo
E é imprescindível não esquecer: ele é reproduzido e financiado pelo Capitalismo.


(David Alves Gomes – 18 de dezembro de 2007)
*Poema publicado no ano de 2008 na Antologia Poética III do Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus pela Giz Editorial

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