segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Enfrenta o mundo

Por que sofres, homem?
A vida não te traz graças?
Ergue tua cabeça
E enfrenta o mundo!
Se este foi generoso
Somente em alguns aspectos
Ordena-o que te traga toda a felicidade!
Aliás, arranca-a das suas mãos
Trazendo-a para ti!
Determina teu lugar neste mundo!
Muitas vezes opressor
Muitas vezes promotor de teus percalços.
Domina este gigante!
Prende-o em uma cela obscura
E liberta-o quando estiver da tua altura
Trazendo boas novas para ti.

(David Alves Gomes – 20 de novembro de 2011)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Inquietos

O mundo gira
O homem muda
A vida surge

Mudanças no planeta
Nos remontam ao Big Bang
Mudanças sociais
Nos remontam às lutas de classes

Tudo é transformável
Sucessão ecológica sofre a Terra
Dialética sofre a vida

(David Alves Gomes – 15 de novembro de 2011)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Loucura insurgente

Sou louco?
Entendo seu pensamento
Para você que sempre esteve
Nas classes mais abastadas
É loucura mudar a sociedade
Aliás qualquer mudança
Lhe é insana
Pois loucura significa
Alterar qualquer ordem constituída
E considerada por quase todos natural
É natural existir miséria?
É natural existir desigualdades regionais?
É natural existir fome
Quando a produção de alimentos
Pode ser superior
À necessidade da população mundial?
Por isso nossa loucura
Derrotará este maldito sistema!

Ah! Agora sou assassino?
Você ainda está vivo!
Lembro muito bem que chegou ao poder
Pelo sangue das revoluções burguesas
Sua ideologia não me convence
Sei que fará de tudo
Para não perder os seus bens
Obtidos pela mais-valia
Dos vários funcionários

Nossa loucura chega armada
Com a foice e o martelo
Ainda somos poucos
A normalidade ainda impera
O seu domínio também
Mas seu sistema já está em crise
Em algum momento se findará
E a dialética se cumprirá.

(David Alves Gomes – 08 de novembro de 2011)

Assassinato programado

O som da chuva forte
É estridente no asfalto
Destrói barracos em morros altos
E pode ocasionar mortes

Mas a chuva natural
Não poderia determinar
Um panorama social

Não pode ser acidente
O que prevenido deve ser
Porém o termo é conveniente

Conveniente à classe dominante
Que descaso tem com a população pobre
Outra ação seria uma variante

Assim, a revolta proletária deve ser estridente
Destruindo o algoz sistema que os oprime
Para construir um igualitarismo consciente.

(David Alves Gomes – 08 de novembro de 2011)

Detenção

Me peguei sendo roubado por você
Meus pensamentos antes serenos
Agora estão visualizando a sua face
Seu breve sorriso me é uma conquista
Mas não me paralisa quanto o seu olhar
Este penetrante encontra minha alma
Retira todos os momentâneos pensamentos
E abre um vazio que só o cabe
Por isso, além de ladra, é egoísta
Me aprisiona nesta conturbada visão
Porém prazerosa, pois recordo seu perfume
E o quanto é bom estar ao seu lado
E você, mesmo quando longe
Pode estar tão próxima a mim

Pareço um romântico que contenta-se
Com um amor à distância
Porém, não é este meu desejo
Conquistá-la será meu próximo passo
Como você, me tornarei ladrão e egoísta
Encontrarei sua alma e a aprisionarei
Será que já está paralisada?

(David Alves Gomes – 07 de novembro de 2011)
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