domingo, 27 de maio de 2012

Esquisito

Sou esquisito?
Escrevo esquisito?
Ajo esquisito?
Será que não é esquisito
Quem me esquisito acha?
Será que não é esquisito
Achar esquisito
Quem me julga esquisito?
Será que apenas pensar sobre isso
Não é esquisito?
Não sei…
Mas pense sobre isso.
E não pense esquisito…
Mas o que é mesmo esquisito?
O conceito de esquisito
Me parece esquisito…
Ah… esquisito.

(David Alves Gomes – 27 de maio de 2012)

sábado, 19 de maio de 2012

Cumplicidade

Companheira,
Onde está
Sua presença?
Console-me!
Quero os seus
Primorosos afagos…
Seu cajado
Parece violento:
Acalme-se!
Surja com
Seu louco sorriso
(sereno e encantador)
De linda princesa.

(David Alves Gomes – 18 de maio de 2012)

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Embriaguez

Bebo…
Bebo…
Bebo…
Minha sede
É tamanha:
Sacie-me novamente!
Sua saliva
Me nutre,
Me estimula,
Me prepara…
Ah!
Lambuzo-me
Do seu jorro
Embriaguez desejada
Ocasionada
Por uma febre
Ah! Inigualada.

(David Alves Gomes – 17 de maio de 2012)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Plenitude

Plenitude!
Me ajude
Nesta altitude!
Só uma completa palavra
Plenamente sólida
Solidamente plena
Para me salvar
Deste dilema…
Sinto-me vazio:
Onde estão meus pedaços?
Suplico: encontre-os!
Una-os
E forme-me também
Uma figura plena
Plenamente serena.

(David Alves Gomes – 16 de maio de 2012)

sábado, 12 de maio de 2012

Voz da dialética

A periferia
Está acesa
Não iluminada
Ela vive
Tece caminhos…

Não somos massa
Somos povo:
Individualmente
Coletivamente
Socialmente lutador

Uma centelha
A inflamar
Voz da dialética
A se propagar…

(David Alves Gomes – 11 de maio de 2012)

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Decote

Polposos
Fruta doce
A saborear,
A chupar
Incansavelmente…
Preliminarmente…
Ocupando-me por inteiro
E formando
O zênite estrelar.

(David Alves Gomes – 09 de maio de 2012)

Ebulição

Quentes lábios
Mesmo molhados
Pupilas ardentes,
Docemente apaixonadas…

Devoro sua boca ferozmente
Mas não perco o seu olhar
Este, eu desafio
A todo instante
Numa eterna luta desigual.

Sei!
Me renderei
Ao seu veneno…
E lhe descontarei:
Um selvagem amor
Constante fervor
Por uma noite inteira.

(David Alves Gomes – 08 de maio de 2012)

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Egocentrismo

Preenchido pelo vazio…
Incabíveis desejos
Que só completam
O meu ego.

É minha vontade!
É vontade humana!

Gozamos no espelho
Para sentirmos
O nosso próprio beijo.

(David Alves Gomes – 07 de maio de 2012)

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Espinhos

O sol
Racha a crosta…
Escassez do néctar
Essencial à vida
E a solução?
Região predestinada?
Ah! Conte-me
Inverdades novas!
Sua indústria
É um abuso!
O homem pensa…
Reforma…
Transforma!
Nosso mandacaru
Trará a fonte
E cairá com força
Uma chuva de espinhos.

(David Alves Gomes – 03 de maio de 2012)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Engrenagem

A suja engrenagem
Está na História
Sempre esteve impura.
Nela, se encontra
Uma mancha:
Acumulada e insolúvel…
Uma mancha de sangue:
Oriunda das derrotas
Das conquistas
Das lutas.

(David Alves Gomes – 02 de maio de 2012)

terça-feira, 1 de maio de 2012

Nuvem poética

O Poeta
É um louco.
Seu sonho
É como uma nuvem:
Esteja carregada
Ou como algodão
Transforma a cor do ambiente,
Torna obsoleto o simplório
Dando vivas às insanas palavras…
Chovendo ou não,
A nuvem altera a paisagem
Opondo-se ao normal.
Traz em sua aparência
Desenhos
Imagens
Prazerosas loucuras
De um Poeta.

(David Alves Gomes – 25 de abril de 2012)
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